sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Estudos revelam os graves impactos do uso de celulares por crianças e adolescentes


Em um passado não tão distante, as crianças e adolescentes se divertiam correndo em casa, na escola e na praça, e davam asas à imaginação para bolar brincadeiras com amigos de verdade. 

No avançar da segunda década do século XXI, no entanto, estão cada vez mais hipnotizados pelas telas dos celulares, tornando-se alheios à vida real e expondo-se, sem querer ou saber, a problemas comportamentais, emocionais e físicos. 

É o que aponta uma série de pesquisas ao redor do globo, em um movimento de alerta dos especialistas: a geração atual e seus entornos, estão dependentes das telas, e não conseguirão mitigar, o vínculo que gerou vício.

Com o aumento do acesso à internet, a profusão de jogos on-line e as horas ininterruptas de programação infanto-juvenil na TV nas últimas décadas, pais, cuidadores e escolas puderam observar que as atividades dinâmicas e de interação social passaram a ser substituídas pela onipresença das telas, agora representadas pelos populares tablets e smartphones. 

Atentas ao fenômeno, as entidades de pediatria no Brasil e nos demais países começaram a alertar para os danos ao desenvolvimento sócio emocional e, em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou suas diretrizes e lançou um documento no qual convocava crianças a sentar menos e brincar mais.

Ocorre um descompasso entre a fase da vida em que o corpo está com mais energia e a inércia desencadeada pelos dispositivos eletrônicos. Até o momento, as recomendações mais rígidas se concentravam na primeira infância, fase crucial para o desenrolar das habilidades cognitivas. Logo, ficou estabelecido que o acesso a telas deveria ser vetado para menores de 2 anos e que a liberação ocorreria de forma pontual e gradativa nas demais faixas etárias.

Nessa linha, uma análise realizada com 220 famílias com crianças da mesma faixa etária publicada no periódico Jama Pediatrics traz uma das consequências da superexposição: o uso prolongado dos aparelhos resultou em menos interação verbal dos pequenos com os pais.

 “A utilização de telas é uma epidemia e houve um crescimento exponencial após a covid-19. Com isso, tivemos piora nos indicadores de saúde física e mental”, afirma o pediatra Eduardo Jorge Custódio da Silva, do Grupo de Trabalho de Saúde Digital da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Estudiosos e outros experts acreditam que o maior desafio atual resida justamente em separar as contribuições das tecnologias para o aprendizado e a inclusão social da exposição nociva que afeta corpo e mente. “Os pais distraem as crianças com jogos por medo da bagunça, mas o ponto é que elas precisam correr e pular”, afirmam.

Além da revisão de hábitos em família, as escolas também estão discutindo o que fazer com os smartphones dos mais novos. Colégios dentro e fora do Brasil já debatem o tema com os pais e a restringir o acesso aos aparelhos — em alguns casos, eles ficam confinados em um armário durante as aulas, só se tornando disponíveis na saída da escola. 

A medida, que divide opiniões, se expande em escolas públicas e particulares. Segundo relatório da Unesco, divulgado no ano passado, um quarto dos países já aderiu a iniciativas do tipo em ambientes escolares.

Expostos de forma intensiva às telas brilhantes a poucos centímetros do rosto, muitos jovens começaram a apresentar olho seco e miopia. O excesso de estímulos visuais também está associado a distúrbios do sono, que desencadeiam queda no rendimento escolar, crises de enxaqueca, irritabilidade e dependência.

Essa população está enfrentando doenças antigas com novas roupagens, fora os transtornos inéditos. “Síndrome do toque fantasma, quando a pessoa sempre acha que o celular está tocando, e a ‘Nomofobia’, que vem de ‘no mobile’ fobia, o medo de sair sem o celular”.

Pesquisadores denunciam que as mídias sociais, a que os jovens têm acesso mesmo com as supostas travas de controle etário, criam padrões irreais e disseminam uma corrente de informações em uma velocidade tão caótica que os usuários se tornam vítimas de uma atenção fragmentada, compulsão tecnológica, comparação social e solidão.

Um levantamento da Fiocruz apontou aumento de 6% na taxa de suicídio no Brasil no período de 2011 a 2022 entre pessoas de 10 a 24 anos — o índice de mutilações cresceu 29%. Os cientistas e clínicos que se debruçam sobre o fenômeno são unânimes em dizer que é necessário despertar um movimento amplo, englobando governos, pais, educadores e as empresas responsáveis pelas tecnologias.

Há um consenso de que o caminho para tirar crianças e jovens das garras eletrônicas passa pela reconexão com os pais, os amigos e os espaços coletivos. Mas quem vai deixar o filho brincar na rua ou no parque com a violência à solta?

O assunto, portanto, invade a arena das políticas públicas. Afinal, crianças e adolescentes precisam de contato genuíno com as atividades que fizeram o ser humano desbravar novos ambientes e emoções, bem como lidar com sentimentos como tédio e silêncio. 

Nem tudo pode ser substituído por uma tela de celular.

 

Fonte: Revista Veja

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

A importância do Abraço

“Precisamos de 4 abraços por dia para sobreviver. Precisamos de 8 abraços por dia para nos manter. Precisamos de 12 abraços por dia para crescer”. 
Esta frase famosa da psicoterapeuta norte-americana Virginia Satir, resume o quanto os abraços são importantes. 

Quando damos um abraço e somos abraçados em troca, temos uma sensação de bem-estar e satisfação imediata, mas poucos sabem que, além deste sentimento de felicidade repentina, os abraços oferecem vários outros benefícios para a saúde física e mental.

Estudos mostram que os abraços têm o poder de reduzir os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea, além de diminuir o risco de doenças cardíacas.

Um abraço também é capaz de fortalecer o sistema imunológico. A leve pressão no esterno e a descarga emocional ativam o chakra do plexo solar, que por sua vez estimula a glândula timo. Esta glândula regula e equilibra a produção de glóbulos brancos, contribuindo para a manutenção de altos níveis de imunidade; ainda diminuem os níveis de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse.

Dar e/ou receber um abraço é a forma mais simples de fazer o corpo liberar oxitocina, conhecida como o hormônio do amor e da felicidade. Ela aumenta os sentimentos de apego, conexão, confiança e intimidade e ajuda a curar a solidão, o isolamento e até a raiva.

O abraço é processado pelo sistema nervoso como uma recompensa, e por isso tem um impacto importante na mente humana, fazendo com que tenhamos uma sensação de felicidade e alegria. Não importa se estamos abraçando ou sendo abraçados, a simples conexão física com o outro já nos deixa mais felizes.

Os abraços ainda ajudam a cultivar a paciência e demonstrar apreço, além de estimular a liberação de dopamina, o hormônio do prazer, e serotonina, o hormônio do bem-estar, amplamente associado ao bom humor, inclusive são importantes no tratamento da depressão.

Estudos encontraram evidências de que pessoas que foram mais abraçadas na infância demonstram menos sintomas de estresse na vida adulta. A afeição física também ajuda a atenuar nossas reações a situações estressantes e contribui para reduzir a ansiedade.

Os abraços foram incluídos na mesma categoria do riso e da meditação; são considerados como atividades que relaxam e nos ajudam a estar completamente presentes no momento.

O toque carinhoso de um abraço ajuda a criar uma sensação de segurança, já que nos sentimos totalmente protegidos quando abraçamos alguém que amamos.

Estudos também mostram que as sensações táteis dos abraços protetores que recebemos de nossos familiares na infância se mantêm no sistema nervoso quando nos tornamos adultos, e ajudam a aumentar nossos sentimentos de confiança, autoestima e amor próprio.

Os relacionamentos são parte fundamental das nossas vidas. Amar e ser amado é algo que todos buscamos, e os abraços podem ser parte importante deste objetivo.

A troca de energia que ocorre durante um abraço é um investimento no relacionamento, e ajuda a criar empatia e compreensão. Dessa forma, as relações se fortalecem e adquirem níveis mais profundos.

Um abraço ainda pode oferecer conforto a alguém que esteja passando por um momento ou situação difícil na vida. Às vezes não temos ideia do quanto uma pessoa pode estar precisando de um abraço, e de como um contato próximo, mesmo que rápido, pode trazer um sorriso e um pouco de luz a um dia triste.

Que tal um abraço?

 

 

 

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Psicologia e Saúde Mental

 


Durante as olimpíadas de 2024, foi amplamente mencionado o tema sobre a importância da saúde mental dos atletas, onde o acompanhamento psicológico, concomitante aos treinamentos, tornou-se fundamental para manter o equilíbrio da mente e do corpo, consequentemente do alto desempenho.

Independente da performance física, cuidar da mente é essencial para qualquer pessoa em qualquer idade.

A saúde mental está relacionada à forma que o indivíduo reage aos desafios e mudanças do dia a dia. Igualmente sobre suas habilidades de harmonizar suas emoções.  Portanto, contempla a capacidade de manejar as adversidades e os conflitos de forma positiva.

Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde: Saúde mental é um estado de bem-estar, no qual o indivíduo consegue ter habilidades e se recuperar do estresse diário, sendo produtivo e contribuindo com o grupo onde esteja inserido, envolve prudência emocional e capacidade de lidar com os desafios da vida, bem como nutrir relacionamentos benéficos.  

A saúde mental de uma pessoa está ligada à forma como enfrenta às situações da vida e como consegue lidar com seus desejos, frustrações e emoções positivas e/ou negativas. 

Pode-se afirmar que problemas de saúde mental são bastante comuns e afetam pessoas de diferentes faixas etárias, gêneros e classes sociais.

Portanto a psicologia é a área que desempenha um papel basilar nos cuidados com a saúde mental.  Os psicólogos são especialistas no comportamento humano, uma vez que, estudam as interações sociais e os problemas que afetam a saúde mental, como ansiedade, depressão e transtornos psíquicos.  

Os psicólogos usam técnicas específicas, conseguem ajudar o indivíduo a entender seus sentimentos, pensamentos e comportamentos, além de oferecer suporte emocional para o enfrentamento dos desafios da vida.

A saúde mental define-se como um estado geral de bem-estar psicológico e emocional. Abrange o estado cognitivo, emocional e social.  Também engloba a habilidade de lidar com o estresse, conservar relações afetivas, assim como a capacidade de enfrentar desafios da rotina, incluindo o profissional. Desenvolve resiliência e capacidade de adaptação. 

Enquanto que a saúde emocional envolve habilidade de reconhecer e gerenciar as emoções de forma salutar. Logo, está relacionada ao autocontrole emocional e a agilidade de expressar os sentimentos de forma satisfatória.  

A saúde mental impacta diretamente na saúde física. Quem não está bem emocionalmente, pode apresentar sintomas como: insônia, taquicardia, coceiras, dores de cabeça e estômago, ganho ou perda de peso corporal, entre outros. 

Além disso, pessoas com depressão, ansiedade ou transtornos psíquicos, tendem a perder interesse em sustentar bons hábitos, como realizar atividades social, laboral, física e/ou se alimentar adequadamente.  

Deste modo que, essas atitudes comprometem o bem-estar do organismo, ficando mais suscetível a doenças de toda ordem. 

Assim sendo, procurar ajuda de um psicólogo faz bem à saúde em qualquer momento da vida!

 

 

terça-feira, 11 de junho de 2024

O Lixo que Importa

 


Quando a água subiu rapidamente e alagou várias cidades do Rio Grande do Sul, uma quantidade enorme de pessoas abandonaram suas casas para salvarem suas vidas.

Porém, não ficaram para trás somente animais de estimação, veículos, móveis boiando nas águas e cobertos por lama, mas principalmente objetos que contam histórias.

São fotos em molduras ou álbuns, quadros, brinquedos, livros, acessórios de toda ordem, recordações do pai, da mãe, do filho, do marido, da esposa..., que eternizavam momentos únicos, e apagados para sempre.

Não é lixo o que restou depois que a água baixou, mas muitas histórias vividas e armazenadas em cada objeto danificado. Cada um tem um significado diferente, repleto de afetos e de lembranças, que revelam um forte apego as coisas materiais, e que nos definem.

A perda de cada objeto, independente do seu tamanho, forma, cor, peso, traz consigo sentimentos de toda ordem, extremamente necessários para relembrar e recontar histórias.

Estes objetos perdidos detêm informações preciosas que certificam toda uma existência.

Quando uma pessoa refere que “perdeu tudo” nesta tragédia, ela experimenta uma dor semelhante a perda de um ente querido. Sem fazer comparações, são afetos que foram levados embora contra a sua vontade e sem a possibilidade de recuperar a materialização das lembranças, agora perdidas totalmente.

Esta dor vai aumentando durante o período de descarte daqueles objetos, que um dia foram guardados para perpetuarem aquele momento em algum lugar da casa, mas agora não servem mais.

Não é lixo, não é entulho, é sentimento de dor!

Todos lamentam as perdas dos seus objetos e necessitam elaborar o luto: mais fácil para alguns, dependerá do grau de resiliência e de resignação de cada pessoa, diante do drama existencial.

Alguns possuem capacidades psíquicas adequadas para a reconstrução de suas vidas, já que a importância que se dá aos objetos pessoais alimenta os bons sentimentos, e estes valorizam as histórias das pessoas.  Aqueles que revelarem dificuldades para refazerem suas vidas necessitarão de ajuda em dobro, por conta das suas fragilidades emocionais e psíquicas.

É fundamental o apoio da comunidade, dos amigos, familiares, colegas de trabalho, dos profissionais da área da saúde e da sociedade como um todo.

Cair e levantar dói muito, mas faz parte do aprendizado reiniciar com outros objetos. Não serão os mesmos um dia perdidos, mas servirão para recontar uma nova história.

domingo, 10 de março de 2024

Por que muitas mulheres têm dificuldades em denunciar assédio e violência sexual?





Muitas vítimas não identificam que sofrem assédio

A banalização e normalização do assédio sexual faz com que muitas mulheres não consigam identificar o ato como assédio sexual. Outras pensam que "faz parte do jogo".

Existe uma falta de consciência de que o comportamento mascarado como elogio ou cantada, não seja uma conduta inadequada, porém constrange.


           Medo de que ninguém acredite nelas

São crimes de difícil comprovação, que acontecem por sua própria natureza de forma velada, entre quatro paredes e longe do olhar de testemunhas.

Não raramente as declarações da vítima vão ser as únicas provas da violência sexual. Mas a palavra da mulher ainda é vista com “desconfiança."


            Medo do assediador

Medo. A palavra é repetida por quase todas as vítimas de assédio. Elas têm medo de morrer, de serem violentadas mais vezes, de terem seus filhos agredidos e assediados. A violência sexual também extingue a autoestima da vítima e a humilha, acabando com sua capacidade de resistência.


            Vítimas sentem vergonha

A vergonha é um tema histórico de violência contra a mulher, uma vez que ela poderia ter algum comportamento que incentivou ou encorajou aquela prática.


            Sentimento de culpa

Elas sentem-se culpadas pelo crime, como se fossem responsáveis pelo comportamento criminoso do assediador.


            Vítimas são culpabilizadas

Existe uma perversidade na análise da palavra da mulher vítima de violência sexual. A análise do comportamento é deslocada para a vítima e desqualificando, e não para o agressor.

A sociedade e as instituições acabam incutindo, igualmente, a culpabilidade na vítima. Sua palavra pode ser analisada como possível falsa denúncia.


            Vítimas têm medo de reviver a experiência

A mulher não quer reviver a violência sexual. Ela é instada a contar sua história por parte das instituições, depois é confrontada e submetida a novos depoimentos, isso faz com que a vítima tenha que reviver diversas vezes o caso.


            Medo de perder o emprego

Quando o assédio é no trabalho, vítimas temem perder o emprego.

A vítima tem medo de repelir o assédio ou denunciá-lo e passar a ter sua subsistência ou carreira ameaçada, independente no nível econômico.


            Medo de enfrentar processo e "não dar em nada"

É um medo justificado por conta da difícil comprovação da violência, explicam profissionais da área jurídica. Portanto, faz-se necessário fortalecer o sistema para que este proteja as vítimas, que na maioria dos casos de cala.

 

Assim quando as mulheres passam a denunciar o assédio e a violência sexual, como forma de se livrar do agressor e buscar justiça, as demais sentem-se encorajadas e também revelam suas histórias, muitas vezes reprimidas por vários anos, ou por toda uma vida. 

Em sua maioria adoecem emocionalmente e fisicamente.

Todos perdem!

Não se calem jamais!

 

 

Fonte: BBC do Brasil

 

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Solidariedade é vida no Rio Grande do Sul!

 

Neste momento a sociedade gaúcha vive um período de muito sofrimento e apreensão, com a quantidade de chuva que destruiu várias cidades, porém, em contrapartida ela une-se em prol de irmãos que estão passando por um momento de perdas e provações. Apesar disso, a solidariedade impera e alimenta aqueles que se encontram em situação de desespero e de luto, não somente pelos entes queridos, que partiram, mas diante da perda da sua identidade, da sua localização, do seu espaço de convivência, pois, não ter mais para onde retornar e desfrutar do seu ambiente, onde concentrava-se toda a sua história de vida, é extremamente doloroso. Cria-se um hiato entre o passado e o presente, e sem previsão de futuro.

Quando retornamos ao nosso lar, nos deparamos com sentimento de pertencimento, repleto de memórias afetivas, que fazem daquele local, um lugar onde se guardam emoções, segredos, fantasias, sonhos, dores, amores, e objetos cheios de significados, aonde habitam muitas lembranças que fazem parte na nossa trajetória de vida. Tudo isso acabou quando a água levou, deixando apenas um rastro de tristeza e amargura, ficando literalmente um grande vazio de gente e de coisas.

Entretanto, neste cenário dramático, aparecem pessoas caridosas oriundas de vários lugares e trazem consigo esperança e solidariedade, que chegam para confortar e amparar os mais aflitos, principalmente, carentes de amor e carinho.

Mas o que é essa tal de solidariedade?

Solidariedade é estar disponível para ajudar o próximo: buscar amenizar a dor, ter atitudes para o bem comum, se posicionar em favor do outro quando necessário. A solidariedade contribui para uma sociedade mais justa e igualitária, de amor e de comunhão, e está em várias esferas.

Esta esfera atualmente chama-se pampa gaúcho.

A solidariedade é uma virtude necessária para a experiência humana, para que possamos conviver em sociedade e evoluir. Ela nos convida a ir além do nosso próprio interesse para contemplar o outro enquanto ser humano, semelhante a nós, com gestos de empatia, acolhimento e doação. Uma vez que, unidos conseguimos suportar as adversidades sem tanto medo e nos motivamos a seguir em frente, porque certamente:

 “Juntos todos somos mais fortes”.


 

 

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Combate ao Trabalho Infantil

 



Infelizmente, o trabalho infantil ainda é um problema da sociedade brasileira. 

De acordo com a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), em 2016, constatou-se que são mais de 2,7 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, trabalhando de maneira ilegal. Dentro desse número, 60% delas estão nas regiões Norte e Nordeste do país.

Lugar de criança não é trabalhando, e sim estudando, brincando e aprendendo. Elas precisam aproveitar esse momento da vida que é fundamental para o seu desenvolvimento e isso é possível com a nossa participação..

O trabalho infantil é ilegal no Brasil para crianças e adolescentes até os 16 anos. Só há uma exceção para essa regra, que ocorre quando a criança faz parte do programa Jovem Aprendiz e, dessa maneira, ela pode trabalhar legalmente a partir dos 14 anos.

Porém ainda com restrições, como a proibição ao trabalho noturno, por exemplo. A maior fonte legal para assegurar o direito das crianças e dos adolescentes é a nossa carta magna, a Constituição Federal.

Logo depois, temos a legislação especial, o Estatuto da Criança e do Adolescente, popularmente chamado de ECA e encontra-se na Lei 8069/90.  Nela, estão alguns direitos básicos que são assegurados aos menores de 18 anos e que devem ser supridos pelo Estado, pela sociedade e pelos pais:

O primeiro passo para o combate ao trabalho infantil é identificar onde ele ocorre. Não é só a criança no semáforo pedindo dinheiro que está sendo explorada.

Existem muitas outras formas de trabalho dentro de casa.

Por exemplo, a inversão de papéis dentro das famílias é bastante comum. O filho mais velho, que ainda é um adolescente ou criança, cuida dos mais novos e até mesmo dos pais ou de um deles. Eles realizam a limpeza da casa, fazem comida, compras no supermercado e exercem todas as outras tarefas que são de responsabilidade dos pais. É o chamado trabalho infantil doméstico.

O mesmo pode acontecer na zona rural na qual as crianças, em vez de estarem na escola, vão para a lavoura ajudar os pais no plantio, manutenção e colheita, além de ajudar na venda dos produtos nas feiras livres.

Outra forma de exploração do trabalho infantil muito vista em grandes capitais é a prostituição e o tráfico de drogas. Diversas meninas e meninos trabalham nas esquinas nas ruas comandados por cafetões ou pela própria família. Além da situação de violação de diretos, esse tipo de situação também expõe a criança a situações vulnerabilidade e abusos.

Portanto, se faz necessário que a sociedade proteja suas crianças, pois certamente terão um futuro melhor.

Fonte: www.childFundBrasil