domingo, 9 de outubro de 2011

Dificuldades sexuais


Cheiros, sons, imagens, toques e outros tantos estímulos são os responsáveis pela resposta sexual feminina, além, é claro, do impulso hormonal e neurotransmissor. No entanto, são vários os fatores que podem estragar a relação sexual das mulheres. 
São eles: falta de desejo, falta de prazer, esterilidade, dor, contração involuntária da musculatura vaginal, inibição do orgasmo, entre outros."Hoje sabemos que algumas mulheres têm orgasmo vaginal, só clitoridiano ou têm os dois. O problema é não ter nenhuma forma de orgasmo"
Também é sabido que a capacidade orgásmica das mulheres aumenta com o passar dos anos. Ao contrário dos homens, a mulher não está apta para um desempenho sexual satisfatório logo após a adolescência. É necessário um tempo maior para que toda a sua sexualidade venha à tona. "É normal acontecer da mulher estar pronta por volta dos 30 anos, e no climatério, fase que antecede a menopausa, sofrer com o desinteresse sexual".


Em termos psicodinâmicos, as causas da disfunção orgásmica da mulher são a falta de técnica do parceiro, associada a sentimento de culpa em relação ao sexo; deficiência feminina em assumir um papel erótico; temor à satisfação plena; não resolução da evidênciada "perda do pênis"; mecanismos de defesa do ego tais como racionalização; traumas sexuais e situações existenciais.
Entre as técnicas mais comuns para a falta de orgasmo e dor à relação, encontram-se os exercícios sexuais progressivos com o parceiro ou com um vibrador visando o relaxamento; em caso de contração involuntária da musculatura vaginal é indicada a masturbação e o uso de dilatadores.


Com os homens as coisas mudam um pouco, mas não muito. Eles também sofrem com a falta deprazer sexual. A tendência de racionalizar o prazer erótico, a obrigatoriedade de ter orgasmo simultâneo e o medo do fracasso acompanhado de extremo desejo de satisfazer a parceira são algumas das causas que levam o homem a ter problemas sexuais. "A espontaneidade é o que viabiliza o prazer".
A disfunção erétil do pênis pode ser uma doença isolada ou apenas um sintoma de outra patologia, seja ela vascular, endócrina, neurológica, psíquica ou decorrente de uma lesão no órgão genital. Como o arsenal terapêutico para tratar este problema é limitado, o ideal é que o paciente possa ser atendido por uma equipe multidisciplinar. Para determinados casos a solução pode ser a colocação de uma prótese, o consumo de medicamentos ou o uso de aparelhos que induzem a ereção por vácuo. "É importante ressaltar, porém, que cada caso requer um tipo de tratamento e que problemas sexuais eventuais não devem ser considerados".


Já a ansiedade é a principal causa da ejaculação precoce. O indivíduo que ejacula prematuramente tenta lidar com a ansiedade que sua sexualidade promove. Ao perceber que trata-se de algo que não consegue controlar passa, então, a evitar ter relações. "Apesar dessa atitude ser reconfortante, ela impede a experiência corretiva e a ampliação do campo sexual do indivíduo."
Também acontece da origem dos problemas sexuais estarem ligados à relação do casal e não ao conflito pessoal.
Se há entre os parceiros rejeição, discórdia, decepções e sabotagens sexuais é normal que ocorra a desarmonia na cama. Quando isso ocorre, disfunção erétil e ejaculação precoce podem servir de instrumentos utilizados inconscientemente contra a parceira. O impotente garante à mulher que ela não lhe dá prazer, taxando-a de incapaz e inferiorizando-a, e o ejaculador precoce, por sua vez, obtém prazer mas não o proporciona.


"É importante dizer que sempre que houver problemas sexuais num relacionamento a terapia é do casal."


Drª. Carmita Abdo.

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