quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Felicidade



Bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é muito bom, mas nossos desejos são ainda mais complexos.


Não basta que a gente esteja sem febre, queremos, além da saúde, ser muito magra, sarada, desejada, admirada e invejada.

Dinheiro? Não basta ter para pagar o cartão de crédito, a comida, o cinema, o salão de beleza.... Queremos o carro do ano, a piscina, a roupa de grife, a viagem inesquecível e o infinito!

E o amor? Ah, o amor!! 
Não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza com coca-cola e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno, é não ter ambição. 
Todos querem um AMOR maiúsculo.

Queremos estar radicalmente apaixonadas, queremos declarações de amor seguidas de muitos presentes surpresa. Jantar a luz de velas de segunda a domingo, sexo de qualidade e com frequência, e sermos felizes a qualquer custo. É o que dá ver tantas novelas na televisão!!
Parece que nos esquecemos de tentar ser feliz de uma forma mais simples.
Ter um parceiro constante pode ser sinônimo de felicidade. Ser feliz solteiro por opção. Ser feliz com uns romances ocasionais ou não!

Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor próprio. 
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo e usufruí-lo. Não perder tempo juntando uma vida toda e gastar mais tarde. Apenas o suficiente para sentir-se seguro, mas não aprisionado ou dependente. Se tivermos pouco, é com este pouco que vamos tentar viver melhor, buscando coisas que saiam de graça, como o bom humor, a fé e a criatividade.
Fazer exercícios físicos sem sofrimento, trabalhar sem aspirar ao estrelato, amar sem esperar o eterno. Olhar para o relógio e saber que é hora de acordar. 

É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem cobranças ou culpas.

Ser realmente feliz é fazer o possível e aceitar o improvável.
A vida é um sopro, e não um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo e ganhe. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, e pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua naturalidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietação e angústia.

Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas a felicidade é muito melhor que tudo. Ela é um bem estar pessoal sem prazo de validade.

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