segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Falsas Memórias

Estudos mostram pessoas que testemunham um evento e são expostas a informação nova e enganosa sobre ele, as suas recordações frequentemente se tornam distorcidas.

Exemplo: participantes viram um acidente de automóvel simulado em um cruzamento com um sinal de Pare. Depois do ocorrido, metade dos participantes recebeu uma sugestão de que o sinal de tráfego era um sinal de passagem preferencial. Quando perguntados posteriormente que sinal de tráfego eles se lembravam de ter visto no cruzamento, os que haviam sido sugestionados tendiam a afirmar que tinham visto um sinal de passagem preferencial. Aqueles que não tinham recebido a falsa informação eram muito mais precisos na lembrança do sinal de tráfego.
A informação enganosa tem o potencial de invadir as recordações quando se fala com outras pessoas, quando interrogados sugestivamente ou quando lê ou vê a cobertura da mídia sobre algum evento, que talvez já tenha vivenciado.
Após duas décadas explorando o poder da informação enganosa, pesquisadores aprenderam sobre as condições que fazem as pessoas suscetíveis à modificação da memória.
As recordações são facilmente modificadas, principalmente quando a passagem de tempo permite o enfraquecimento da memória original. Uma coisa é mudar um detalhe ou dois em uma memória intacta, mas outra é implantar uma memória falsa de um evento que nunca aconteceu.
Torna-se evidente que não se pode implantar falsas memórias de infância em alguns indivíduos e que todas as recordações que surgirem após a sugestão serão necessariamente falsas, ou seja, embora o trabalho experimental na criação de falsas recordações possa levantar dúvidas sobre a validade delas, como um trauma recorrente, de nenhuma maneira os desmente.
Sem corroboração, há muito pouco que possa fazer para ajudar até mesmo o mais experiente observador a diferenciar as verdadeiras recordações daquelas que foram sugestivamente implantadas. Os mecanismos precisos pelos quais esses tipos de falsas memórias são construídos aguardam por mais pesquisas, e entender sobre o grau de confiança as características das falsas memórias criadas desta maneira.
Faz-senecessário descobrir que tipo de indivíduo é particularmente mais suscetível e qual o mais resistente.
É urgente manter a moderação em situações, uma vez que a imaginação é usada como um auxílio para recuperar memórias presumivelmente perdidas, visando minimizar o sofrimento psíquico.

Um comentário:

  1. Não será por isso que os políticos e a publicidade, por exemplo, são repetitivos à exaustão, transformando a realidade passada e tentando modificar as percepções de futuro?

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