É necessário questionar estas crenças distorcidas e mesmo os
tabus frente à prática sexual durante o processo de envelhecimento,
substituindo-as por informações realistas e livre de preconceitos.
É certo que, com o avanço da idade pode ocorrer um desgaste
no relacionamento afetivo, além de uma série de transformações físicas e
emocionais, que muitas vezes acarretam doenças e outras dificuldades que
interferem no exercício sexual. Entretanto, associar esta etapa de vida a
incapacidade, ao déficit ou perda de apetite sexual, é impor limitações
desnecessárias e errôneas ao adulto maduro.
Enquanto há vida, também há possibilidade de vivência sexual
satisfatória e prazerosa, principalmente quando ocorreu e ainda ocorrem cuidados
com a saúde física, mental e emocional.
Acima dos sessenta anos de idade ao invés de se estressar,
desejando aquela performance sexual que não volta mais, ou aquele desempenho
que jamais teve aos vinte anos de idade, busque alternativas.
O sujeito deve compreender e aceitar o que está acontecendo
com seu corpo nesse momento e, assim, criar
e utilizar novos recursos e estratégias que facilitem sua adaptação a
esta etapa de vida. Já existem medicações disponíveis tanto para homens quanto
para mulheres, todavia devem ser prescritas por um médico, de preferência um geriatra,
especialista nesta fase. Cada caso é um caso!
Através da experiência e mediante as mudanças que ocorrem no
organismo nesta etapa, é importante perceber com naturalidade e tranquilidade
os novos limites desse corpo. É possível acreditar e alcançar o direito à intimidade e à prática do sexo satisfatório em qualquer idade.
Participar de palestras, manter amigos, fazer leituras e
exercícios físicos, ser sociável, ter cuidados de higiene são indispensáveis e
carícias são sempre bem vindas. Portanto não esperemos envelhecer para
descobrir como nosso corpo funciona depois de alguns anos. Sexo não tem prazo de validade e
sim maturidade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário