domingo, 27 de maio de 2012

Ser Feliz dá Lucro




Uma das crenças mais comuns em nossa sociedade é que pessoas contentes com a atividade profissional produzem mais.


Essa ideia se reflete também nas empresas. Uma enquete recente da Associação Espanhola de Direção e Desenvolvimento de Pessoas (Aedipe), feita com executivos de nível gerencial, descobriu que 87% dos entrevistados acreditam que oferecer condições favoráveis de trabalho, faz se sentirem profissionalmente mais satisfeitos,  sendo assim uma estratégia adequada para melhorar a competitividade empresarial.

Entre os efeitos mais estudados em relação à felicidade no trabalho está o desempenho. Tal é o interesse nessa área que alguns autores a definem como o “santo graal” da pesquisa organizacional. A este respeito, muitos trabalhos estabelecem relação clara entre satisfação X produtividade.

Um estudo conduzido pela Universidade de Creta na indústria de fast-food mostrou que trabalhadores com maior nível de comprometimento produziam mais. No entanto, um fato que complica a situação é que os indicadores utilizados para “medir” a felicidade no trabalho são muito variados.

Pode ser que a felicidade não leve a melhores desempenhos, mas ao obter sucesso profissional, a pessoa se mostre mais feliz e satisfeita. Parece lógico haver uma relação bidirecional entre as duas variáveis. Essa foi à questão que o pesquisador Daniel Koys, da Universidade DePaul, tentou entender quando desenvolveu uma pesquisa longitudinal de dois anos.
O cientista concluiu que a felicidade no trabalho se relaciona de forma mais positiva com o rendimento, o número de vendas e a satisfação do cliente, uma vez que, o aspecto principal é ser feliz para render melhor e não o inverso.

Podemos pensar também que o bem estar esteja associado à  maior capacidade de encontrar soluções inteligentes para os desafios. Então se descobriu que o bom humor garante a criatividade do dia seguinte.

Outro ponto importante: a felicidade no trabalho parece estar associada a comportamentos de sociabilidade com os colegas e clientes, que reforçam e ao mesmo tempo podem ser reforçados, por estados positivos de ânimo e humor, o que costuma atenuar ou reduzir situações negativas nas organizações.

O professor Peter Warr, da Universidade de Sheffield, salienta que a satisfação se relaciona de maneira negativa com o número de faltas. Ele afirma também que a felicidade reduz o comportamento contraproducente, como não cumprir as obrigações de forma proposital, desperdiçar ou usar recursos da empresa para fins pessoais e/ou apropriar-se de material de escritório.

Estudiosos argumentam que  pessoas menos realizadas com seu trabalho se mostram mais pessimistas, predispostas a adotar posturas defensivas e pouco cooperativas em relação aos colegas. Em contrapartida,  emoções positivas ajudam a expandir e desenvolver habilidades e vínculos sociais. Ou seja, favorecem a aquisição e o desenvolvimento de novas habilidades que preparam as pessoas para futuros desafios, bem como a satisfação pessoal.

Fonte: Mente e Cérebro
Obra: Tarcila do Amaral

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