sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Síndrome de Burnout




As empresas dentro de um contexto mundial estão passando por um momento de grande crescimento de informações e tecnologias. Nestes ambientes a síndrome de Burnout tem se feito presente devido os trabalhadores serem submetidos a grandes cargas de trabalho e grande responsabilidade, assim renunciando o tempo para o lazer que o corpo tanto necessita, tendo em vista os estilos de vida dos trabalhadores este ensaio monográfico busca identificar a síndrome e seus efeitos nas condutas dos trabalhadores.  De acordo com Benevides (2002) a síndrome do burnout, foi descrita pela primeira vez pelo psicólogo Freudenberger, no ano de 1974, para descrever um sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia, força e recursos. Maslasch foi um dos pioneiros nos estudos empíricos sobre a burnout profissional. A síndrome de burnout constitui um quadro bem definido, caracterizado por exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal.
A Síndrome de burnout é uma reação ao estresse relacionado ao trabalho. Atinge trabalhadores independentes de sua área de atuação profissional, gênero ou condições sociais. É pertinente mencionar que há uma prevalência de ocorrência entre os profissionais da educação, entretanto nenhum trabalhador está imune a essa patologia.

Devido às empresas estarem em um contexto de evolução e globalização, o cenário do trabalho tem mudado constantemente, a exigência em relação aos funcionários tem aumentado muito, as empresas buscam trabalhadores qualificados para exercerem funções de acordo com as tecnologias, e para tanto os trabalhadores necessitam estar atentos ao mundo globalizado para conseguir acompanhar o contexto contemporâneo, podendo estar vulnerável ou desenvolver a síndrome.
Sintomatologia de Burnout
FÍSICOS
COMPORTAMENTAIS
Fadiga constante e progressiva
Negligência ou excesso de escrúpulos
Distúrbios do sono
Irritabilidade
Dores musculares ou osteo-musculares
Incremento de agressividade
Cefaleias, enxaquecas
Incapacidade de relaxar
Perturbações gastrointestinais
Dificuldade na aceitação de mudanças
Imunodeficiência
Perda de iniciativa
Transtornos cardiovasculares
Aumento do consumo de substâncias
Distúrbios do sistema respiratório
Comportamento de alto-risco
Disfunções sexuais
Suicídio
Alterações menstruais nas mulheres


PSIQUICOS
DEFENSIVOS
Falta de atenção, de concentração
Tendência ao isolamento
Alterações do pensamento
Sentimento de onipotência
Lentificação do pensamento
Perda de interesse pelo trabalho (até pelo lazer)
Sentimento de alienação
Absenteísmo
Sentimento de solidão
Ironia, cinismo
Impaciência

Sentimento de insuficiência

Baixa autoestima

Labilidade emocional

Dificuldades de autoaceitação

Astenia, desânimo, disforia, depressão

Desconfiança, paranoia

Fonte: Benevides-Pereira (2004, p. 38).
De acordo com Jbeili (2008), o tratamento da síndrome de burnout, é essencialmente psicoterapêutico com psicólogo. Para os casos que o indivíduo apresenta problemas biofisiológicos, é necessário ser acompanhado da administração de medicamentos. Menciona ainda entre os métodos psicoterápicos não há uma abordagem melhor que a outra, deve-se considera a melhor adaptação individual para cada método disponível. Em relação à medicação, também deve ser levado em consideração que cada caso é específico e pode alternar entre analgésicos e complementos minerais até ansiolíticos e antidepressivos.
Quando o assunto é o tratamento em conjunto com a instituição que o indivíduo trabalha, Carlotto (2009) coloca que é importante o tratamento juntamente com a empresa em que o trabalhador atua, para que assim, possa haver a diminuição dos fatores de estresse que acarretam na doença.

Fonte: Psicologado

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