As empresas dentro de um contexto mundial estão passando por um momento de grande crescimento de informações e tecnologias. Nestes ambientes a síndrome de Burnout tem se feito presente devido os trabalhadores serem submetidos a grandes cargas de trabalho e grande responsabilidade, assim renunciando o tempo para o lazer que o corpo tanto necessita, tendo em vista os estilos de vida dos trabalhadores este ensaio monográfico busca identificar a síndrome e seus efeitos nas condutas dos trabalhadores. De acordo com Benevides (2002) a síndrome do burnout, foi descrita pela primeira vez pelo psicólogo Freudenberger, no ano de 1974, para descrever um sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia, força e recursos. Maslasch foi um dos pioneiros nos estudos empíricos sobre a burnout profissional. A síndrome de burnout constitui um quadro bem definido, caracterizado por exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal.
A Síndrome de burnout é uma reação ao estresse
relacionado ao trabalho. Atinge trabalhadores independentes de sua área de
atuação profissional, gênero ou condições sociais. É pertinente mencionar que
há uma prevalência de ocorrência entre os profissionais da educação, entretanto
nenhum trabalhador está imune a essa patologia.
Devido às empresas estarem em um contexto de
evolução e globalização, o cenário do trabalho tem mudado constantemente, a
exigência em relação aos funcionários tem aumentado muito, as empresas buscam
trabalhadores qualificados para exercerem funções de acordo com as tecnologias,
e para tanto os trabalhadores necessitam estar atentos ao mundo globalizado
para conseguir acompanhar o contexto contemporâneo, podendo estar vulnerável ou
desenvolver a síndrome.
Sintomatologia
de Burnout
FÍSICOS
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COMPORTAMENTAIS
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Fadiga constante e
progressiva
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Negligência ou
excesso de escrúpulos
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Distúrbios do sono
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Irritabilidade
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Dores musculares ou
osteo-musculares
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Incremento de
agressividade
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Cefaleias, enxaquecas
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Incapacidade de relaxar
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Perturbações
gastrointestinais
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Dificuldade na
aceitação de mudanças
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Imunodeficiência
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Perda de iniciativa
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Transtornos
cardiovasculares
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Aumento do consumo de
substâncias
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Distúrbios do sistema
respiratório
|
Comportamento de
alto-risco
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Disfunções sexuais
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Suicídio
|
Alterações menstruais
nas mulheres
|
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PSIQUICOS
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DEFENSIVOS
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Falta de atenção, de
concentração
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Tendência ao
isolamento
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Alterações do
pensamento
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Sentimento de
onipotência
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Lentificação do
pensamento
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Perda de interesse
pelo trabalho (até pelo lazer)
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Sentimento de
alienação
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Absenteísmo
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Sentimento de solidão
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Ironia, cinismo
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Impaciência
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Sentimento de
insuficiência
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Baixa autoestima
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Labilidade emocional
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Dificuldades de
autoaceitação
|
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Astenia, desânimo,
disforia, depressão
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Desconfiança,
paranoia
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Fonte: Benevides-Pereira
(2004, p. 38).
De acordo com Jbeili (2008), o tratamento da
síndrome de burnout, é essencialmente psicoterapêutico com
psicólogo. Para os casos que o indivíduo apresenta problemas biofisiológicos, é
necessário ser acompanhado da administração de medicamentos. Menciona ainda
entre os métodos psicoterápicos não há uma abordagem melhor que a outra,
deve-se considera a melhor adaptação individual para cada método disponível. Em
relação à medicação, também deve ser levado em consideração que cada caso é
específico e pode alternar entre analgésicos e complementos minerais até
ansiolíticos e antidepressivos.
Quando o
assunto é o tratamento em conjunto com a instituição que o indivíduo trabalha,
Carlotto (2009) coloca que é importante o tratamento juntamente com a empresa
em que o trabalhador atua, para que assim, possa haver a diminuição dos fatores
de estresse que acarretam na doença.
Fonte: Psicologado
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