Uma Pesquisa recente comprova que pessoas, aparentemente opostas, podem ter elementos em comuns que ajudem a explicar porque algumas delas, não cumprem o isolamento social, como medida para combater a pandemia do Coronavirius.
Constatou-se que renda, status profissional e
posição política são fatores fundamentais e que fazem um indivíduo decidir sair
às ruas, mesmo sem nenhuma necessidade.
Foram ouvidos 2.056 entrevistados de 25 unidades da
Federação, com idades entre 18 e 88 anos, das cinco regiões do país. A
constatação principal é que estudantes, pessoas de baixa renda, com
posicionamento político de direita e desempregados são mais propensos a furar a
quarentena.
A dificuldade de cumprir o isolamento também pode ser explicada pelo
viés psicológico. Muitas pessoas estão passando, atualmente, pela fase da
negação. Nesse grupo, é normal atitudes como defender que notícias verídicas
são fake news ou desacreditar no número
de vítimas ou mortos por Covid-19.
A reação emocional mais comum frente ao novo ou desconhecido é a negação, que aconteceu enquanto o vírus estava em países Europeus e China. Observamos, naquele período inicial do primeiro decreto, um movimento de dúvida e desconfiança de quanto as medidas eram necessárias ou se não eram um exagero. Após o aumento de casos, um medo real tomou conta, o que facilitou o cumprimento das medidas de isolamento social.
Observou-se que, os obstáculos
enfrentados para o cumprimento das medidas se relacionam basicamente aos
desafios que o próprio isolamento traz. “Os brasileiros, em sua maioria, têm
como característica a relação próxima com o outro, o contato, o abraço e o que
parecia ser fácil, revelou-se uma tarefa muito difícil”, releva a pesquisa.
A informalidade e os medos advindos dos riscos econômicos
do isolamento pressionam para que a camada mais vulnerável da população continue
em muitas atividades.
Um fator bastante importante a se levar em conta é
a ansiedade. Em 2019, o Brasil foi apontado pela Organização Mundial da Saúde como o país mais
ansioso do mundo. Esse sentimento relaciona-se a medos e incertezas, e de
acordo com os especialistas, o que podem contribuir para uma maior desconfiança
das medidas mais rígidas e facilitar seu descumprimento.
Independentemente do perfil, orienta-se, a quem
ainda cogita furar o isolamento sem necessidade, fugir destas atitudes
impulsivas. É hora de agirmos com maturidade consciente.
É extremamente necessário um movimento de
consciência coletiva. Precisamos respeitar e ajudar os outros nas barreiras que
dificultam em manter o isolamento social, sendo uma das medidas mais eficazes
apontada pela ciência para conter o colapso do serviço de saúde e evitar mortes.
Pensemos nisso!
Fonte: UOL
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