segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Porque é difícil cumprir o isolamento social durante a pandemia do Coronavirius

 


Uma Pesquisa recente comprova que pessoas, aparentemente opostas, podem ter elementos em comuns que ajudem a explicar porque algumas delas, não cumprem o isolamento social, como medida para combater a pandemia do Coronavirius.


Constatou-se que renda, status profissional e posição política são fatores fundamentais e que fazem um indivíduo decidir sair às ruas, mesmo sem nenhuma necessidade.

 

Foram ouvidos 2.056 entrevistados de 25 unidades da Federação, com idades entre 18 e 88 anos, das cinco regiões do país. A constatação principal é que estudantes, pessoas de baixa renda, com posicionamento político de direita e desempregados são mais propensos a furar a quarentena.

A dificuldade de cumprir o isolamento também pode ser explicada pelo viés psicológico. Muitas pessoas estão passando, atualmente, pela fase da negação. Nesse grupo, é normal atitudes como defender que notícias verídicas são fake news ou desacreditar no número de vítimas ou mortos por Covid-19.

A reação emocional mais comum frente ao novo ou desconhecido é a negação, que aconteceu enquanto o vírus estava em países Europeus e China. Observamos, naquele período inicial do primeiro decreto, um movimento de dúvida e desconfiança de quanto as medidas eram necessárias ou se não eram um exagero. Após o aumento de casos, um medo real tomou conta, o que facilitou o cumprimento das medidas de isolamento social.

 

Observou-se que, os obstáculos enfrentados para o cumprimento das medidas se relacionam basicamente aos desafios que o próprio isolamento traz. “Os brasileiros, em sua maioria, têm como característica a relação próxima com o outro, o contato, o abraço e o que parecia ser fácil, revelou-se uma tarefa muito difícil”, releva a pesquisa.

 

A informalidade e os medos advindos dos riscos econômicos do isolamento pressionam para que a camada mais vulnerável da população continue em muitas atividades.

 

Um fator bastante importante a se levar em conta é a ansiedade. Em 2019, o Brasil foi apontado pela Organização Mundial da Saúde como o país mais ansioso do mundo. Esse sentimento relaciona-se a medos e incertezas, e de acordo com os especialistas, o que podem contribuir para uma maior desconfiança das medidas mais rígidas e facilitar seu descumprimento.


Independentemente do perfil, orienta-se, a quem ainda cogita furar o isolamento sem necessidade, fugir destas atitudes impulsivas. É hora de agirmos com maturidade consciente.


É extremamente necessário um movimento de consciência coletiva. Precisamos respeitar e ajudar os outros nas barreiras que dificultam em manter o isolamento social, sendo uma das medidas mais eficazes apontada pela ciência para conter o colapso do serviço de saúde e evitar mortes.

 

Pensemos nisso!


Fonte: UOL

 

 

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