segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Estresse Envelhece



Estresse prolongado enfraquece o sistema imunológico e aumenta o risco de doenças cardíacas e de circulação.
O bebê chora, a filha agarra a barra da saia e a comida queima - para muitos pais, cenas assim são consideradas uma rotina. Mas é bom lembrar que as consequências para a saúde do excesso de tarefas em casa ou no trabalho durante um longo período são hoje cientificamente comprovadas como um dano a saúde.

Além de enfraquecer o sistema imunológico e aumentar o risco de doenças cardíacas e da circulação sanguínea, o estresse prolongado acelera o envelhecimento - e não só em sua aparência externa, a interna também, como foi a descoberta pelos pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco.

O grupo liderado por Elissa Epel examinou, entre outras coisas, os glóbulos brancos de mães de crianças com doenças crônicas. Perceberam que o estresse psicológico a que foram submetidas durante anos fazia com que o relógio da vida das células de defesa dessas mulheres andasse muito mais rápido, do que mães menos expostas ao estresse.

O parâmetro de medida foi o comprimento dos chamados telômeros: capas protetoras dos cromossomos que encolhem a cada divisão celular até perder a função. Apesar de a enzima telomera se adicionar constantemente novo material genético aos cromossomos, também esse mecanismo se enferruja com o tempo.

De acordo com o comprimento dos telômeros, as células das mães estressadas - em comparação com as mães menos solicitadas - tinham envelhecido aproximadamente dez anos. E a telomera se estava claramente deficitária. 

Na opinião dos pesquisadores, as consequências do estresse sobre o corpo devem-se, pelo menos parcialmente, a este fast forward bioquímico, ou seja, o avanço rápido da desestruturação das células, o que compromete de forma significativa a saúde física e emocional de mulheres, cuja aparência corporal denuncia o sofrimento.

Revista Viver Mente&Cérebro

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